Tenho cabelo crespo. E toda moça com cabelo crespo que não SUPORTA a ideia de ser alisada — e domesticada e desfigurada e castrada etc. — sabe bem que não é nada fácil encontrar cabeleireiros gostem de cachinhos. Geralmente a gente percebe isso quando a primeira coisa que a pessoa faz é suspirar ao por a mão no seu cabelo. Em seguida vem o inevitável: «Que tal a chapinha marciana?» ou «Já ouviu falar da escova de sucrilhos?». Me poupem. Se eu tivesse raio laser no olho, todos esses já teriam sido dizimados! hahah Por isso, quando encontro um cabeleireiro que não tem medo de crespo, guardo no coração. Se ele ainda chama de «lindo», eu apaixono! Cheguei à Cabelaria por indicação de amigas, que exaltavam a seriedade e talento do proprietário, o André Mateus. Também falaram de visagismo, uma palavra que eu só tinha visto em uso certa vez num vídeo tosquíssimo do YouTube. No entanto, ao passar por ele, aprendi que se trata de um conjunto de considerações que são levadas de modo a harmonizar seu picumã não só com o formato do seu rosto, mas seu estilo de vida, personalidade e tudo mais. Gostei bastante das sugestões do André, mas, por questões financeiras, não pude mais cortar com ele. Como ele é o top do salão, seu trabalho é compreensivelmente mais caro. E como no fundo eu sou«turca»(e também tenho pouco cabelo e ele é curto) não consigo desembolsar assim sem culpa. Por isso, nas outras vezes que estive por lá passei com um outro mocinho, com corte mais barato que o do Andre(R$ 80), mas ainda assim muito bom e, acima de tudo, se declarou apaixonado pelo meu tipo de cabelo. Nos últimos tempos tenho frequentado outro salão — especialmente por conta de horários e grana — mas recomendo a Cabelaria, sim. Vale a visita!